sábado, 16 de abril de 2011

A famosa Proteína

<Texto extraído do livro ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA>


UM MITO?
Sim! Muita gente pensa que morrerá se deixar de comer o suculento bife de vaca.


UMA EXTRAVAGÂNCIA,Também! É excessivo, mesmo que seja 10 gramas diárias. UM INTERESSE ECONÔMICO... 


O maior de todos! Até porque muita gente sobrevive da morte da vaquinha, mesmo sabendo que ela viva dá muito mais lucro. Eu até poderia dispensar este tópico, visto não ser a minha proposta convencê-lo, nem tão pouco contestar o uso de proteínas animais, sejam derivadas das carnes, ou dos leites. Mas como sabemos que os estudos exigem sempre algo que nos enche a paciência e que estão dentro dos assuntos que abordamos, não deixaremos de falar das ditas proteínas animais. A nossa visão não será a que, quimicamente, se encontra em outros livros, pois para isso bastaria enumerar a relação desses livros para a sua informação ficar completa. 



A nossa mensagem servirá apenas para alertar um pouco a sua consciência para o futuro da sua saúde e do seu karma. Saiba que o consumo de carne é nefasto para a saúde quer você acredite e compreenda, quer não. Sugerimos que se você ainda tem dúvidas, que passe apenas uma semana sem ingerir produtos de natureza animal, para notar uma melhoria ou um acréscimo na sua saúde física e mental, sem falar no emocional, que ficará muito mais tranquilo e apaziguado. Não há mesmo necessidade de consumir carnes pela desculpa da proteína, pois no reino vegetal existem diversas fontes de aminoácidos, para que o nosso corpo possa, ao ingerir, sintetizar a proteína humana. Depois que aprendemos a alimentarmo-nos sem produtos animais, a nossa consciência é totalmente modificada para ver a vida com mais intensidade e sem as violências comuns do mundo moderno. [..]



Quando deixamos de comer carnes, a preocupação das proteínas passa a ser descartada e tratada de forma normal e sem preocupação. Muitas vezes a paranóia do medo de não estar ingerindo aquilo que necessitamos, produz uma carência emocional e psicológica que atrapalha muito o processo metabólico dos alimentos. Todo o alimento tem proteína, assim como os outros nutrientes que precisamos. A nossa pesquisa é sempre feita sobre as bases das tabelas de nutrientes fornecidas pelos laboratórios. Lá não encontraremos referências de muitos elementos, que embora existam, não se justifica mostrar, pois são em pequeníssimas proporções. As máquinas que analisam os produtos obedecem a certos padrões de medidas e falham quando o volume de um determinado nutriente é mais baixo do que o esperado. Esta falha faz com que muita gente fique com medo de ficar carente e entram num processo de ingerir exageradamente alguns nutrientes
sem saber o que isso pode ocasionar. Mesmo sem saber, um determinado alimento que possua quantidades baixas de um determinado produto, será o suficiente para nutrir nossas necessidades e não será preciso consumir os que são ricos, para evitarmos inundar o organismo. Não somos máquinas iguais que precisam ser alimentadas com uma quantidade certa de óleos, graxas e anti-ferrugem. Somos seres humanos individuais, cada um bem diferente do outro, apesar de dois olhos na cara. Para uns, 1000 calorias diárias, é demais e para outros, essa quantidade os poria em inanição. As proteínas queimadas por atletas não são iguais às processadas por um médico receituário. As vitaminas requeridas por um atleta de alta competição, não iguais as de que necessita um praticante de Yoga. Os sais minerais que um trabalhador de minas precisa ingerir, não pode ser igual ao que necessita um maquinista de trem. Temos que parar com a mania de tratar as pessoas como se fossem iguais e necessitadas de uma mesma porção alimentar. Como pode uma criança comer igual a um trabalhador de roça? Cada organismo tem sua prioridade e baseia-se na carência e necessidade de cada um, individualmente. Não tem propósito uma roda alimentar para centenas de milhares de pessoas. Um esquimó jamais comerá como um brasileiro e esse jamais como um europeu e esse como um asiático, assim como dentro de cada povo, cada espécime é diferente, mesmo que aparentemente parecidos. Se deixássemos a pessoa instintiva, ou sabiamente, recorrer às suas necessidades básicas alimentares, tenho a certeza de que o mundo teria mais saúde. Para isso, bastava que os mercados tivessem os alimentos que a
natureza nos presenteia(folhas, frutas, raízes, cereais, leguminosas...), mas que também fosse retirado de circulação o lixo alimentar criado pelos engenheiros alimentares, empresários espertos. 



Bem, continuando, direi que esse pensamento que temos que comer aquele alimento porque é muito rico é um pouco de exagero. Quem se alimenta assim, tem sabedoria de Coala (marsupial da Austrália) que come
exclusivamente folhas de eucalipto. Para retirar os nutrientes que precisa diariamente, tem que ingerir 60 quilos de folhas. Se ele tivesse aprendido a comer outras folhas que oferecem proporções similares ao eucalipto, já não teria que comer tanto eucalipto. Assim acontece com a maioria das pessoas que tem que comer quantidades enormes de carnes por causa das mínimas proteínas que precisas diariamente. Esses absurdos são representados também por uma parte de pessoas ditas inteligentes, que seguem cegamente aquilo que lhe dizem para fazer. Não se preocupam minimamente com a sua saúde, deixando sempre que a família ou o médico decida por elas quando ficar doente, comer, dormir e até quanta água ter que tomar diariamente. Veja quanto absurdo! Termos que tomar água sem haver sede.



Temos que falar também no medo de deixar de comer carnes e das pressões que sofremos ao tomar a decisão de o fazer. A força do grupo (egrégora), das comunidades, ou dos meios que se alimentam de carnes é fantástica, pois para além de não conseguirem deixar de comer os animais mortos, ainda impedem as outras pessoas de terem a suas opções. Isso nota-se muito atualmente nas “ditas famílias civilizadas”, que consomem excessos de carne, confiantes de que estão zelando pelo seu bem-estar. Quanta gente me aparece e diz que é difícil deixar de comer “bicho morto” só porque a família os ameaça com frases inibidoras, tais como: vais morrer!; vais ficar anêmico!; assim não terá força para trabalhar; estais magro demais e mais um monte de coisas absurdas. Estas frases, saindo das pessoas em quem mais confiamos, fazem-nos tremer na base e um bom número de futuros vegetarianos sucumbem aos primeiros gritos. Ora bem, quanto a isso só há uma coisa a fazer: ignorá-los, uma vez que se tem certeza de que de fato não queremos e não precisamos comer carnes. Se houver chantagens, como é comum, opte pela sua saúde. Mais coerente e inteligente seria comer aquilo que achamos melhor para a nossa vida e não o que os outros acham que temos que comer. Quando éramos crianças, fomos coagidos e alimentados à força, mas agora já não precisamos temer. Felizmente, não existe nenhuma lei que nos obrigue a comer. Pelo contrário, não comer tem sido uma grande arma na boca de alguns seres pensantes deste planeta, que uma vez em jejuns prolongados, conquistaram forças que sensibilizam o mundo inteiro. Daí surgiram as greves de fome.



Para obter certeza daquilo que você precisa para comer, é necessário no início um pouco de convicção e radicalismo para poder sair do que eras antes. Se você não for forte, tombará na primeira tentativa. Isto vale para tudo na vida. Não fique chateado se por acaso lhe chamarem de radical, é normal que no início, pela forma como encaramos as coisas novas, nos tornemos insuportáveis para algumas pessoas, especialmente para as que mais gostam de nós, como é o caso dos nossos “amigos” e “familiares” . Um pouco de estudo também será importante para eliminar de vez o medo de deixar de comer cadaverina. Tenha sempre a frase daquele meu amigo na sua cabeça. Quando lhe perguntarem como vais substituir as carnes diga: “o que não serve não se substitui, apenas elimina-se.” Quando ele falava isso, referia-se ao consumo de carnes. Será o mesmo que deixar de comer um veneno qualquer. Por mais viciado que estejamos, será mais saudável quando deixarmos de consumi-lo, pois o corpo embora possa ressentir-se no início, logo sentirá o alívio da sobrecarga das toxinas.



Penso que já dissemos o bastante e, como falei no inicio, eu não estou aqui para convencê-lo e nem você a mim. A questão é sua e será somente você quem poderá resolvê-la. Não tenha medo e mude já, caso você pretenda.



FONTE DE PROTEÍNA VEGETAL
Mesmo sabendo que existem determinados alim entos ricos em proteína, prefiro evitá-los.

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É possível o nosso organismo extrair aquilo que necessita para formar a proteína humana e não só, de praticamente todos os vegetais. Não tenha dúvida e para isto não é necessário ter estudos, mas apenas um pouco de bom-senso, para saber que nos vegetais não iremos encontrar nada que se assemelhe com a proteína humana. Quando nos perguntam onde é que um vegetariano vai buscar as proteínas de que precisa, respondemos sempre que é nas folhas, nos legumes, nas leguminosas… e em tudo que comemos. A
pergunta quando é feita, tem vários pontos de referência e, na realidade, a pessoa não está interessada em saber de outras fontes de proteínas, mas simplesmente quer auto-afirmar-se e criticar os vegetarianos pela falta de conhecimento que possuem. Um vegetariano não tem o menor interesse na proteína animal por isso mesmo a deixa de comer e está fundamentado que não vai, de maneira alguma, sofrer qualquer tipo de carência.Dificilmente alguém tem carência de proteínas, uma vez que é o que mais se come nas refeições diárias.


Como adotar a proteína no dia a dia
Simples e fácil, basta não se preocupar com ela e comer o que tem em sua mesa. A natureza nos proveu de abundantes alimentos e, para recorrer aos seus nutrientes, basta que os tragamos para dentro de casa. Para assegurar-se e não padecer de carências, tem que ter o maior número possível de variedades de vegetais e muitos cereais em sua dispensa. Recorde-se da criatividade e rotatividade e pronto. Estará seguro e não terá carências. Se vai manter-se no lacto-vegetarianismo, evite abusar dos lacticínios.



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